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NÃO SEJA ESCRAVO DA SUA MENTE
NÃO SEJA ESCRAVO DA SUA MENTE
É muito fácil ser escravo da mente (dos desejos, dos impulsos, dos sentimentos, dos pensamentos que te limitam ou que te prejudicam), é muito fácil seguir os comandos dos seus impulsos emocionais que te fazem cair no ciclo dos desejos que nunca te satisfazem realmente e que te fazem correr atrás do próprio rabo em busca de algum tipo de preenchimento que nunca acontece. É muito fácil viver como um robô programado, em função de tudo aquilo que lhe é apresentado como o propósito de sua vida, pela mídia, pelos anúncios, pelos seus amigos, sem se perguntar se aquilo realmente irá te trazer plenitude ou se apenas será mais uma válvula de escape para te fazer fugir de si mesmo de novo e de novo.
Mas você deve estar se perguntando por que deixar a vida hedônica ou de escravo dos desejos de lado e seguir esse caminho muitas vezes confuso de auto descobrimento e renúncia pelos prazeres de fácil acesso que temos disponíveis hoje em dia? Por que não continuar sendo um escravo da mente e perpetuar o desejo e a busca incessante por prazeres passageiros que nos satisfaçam como um ratinho em um laboratório recebendo uma dose de endorfina a cada trinta minutos?
Bom, no meu caso os três principais motivos são:
1) Primeiro a conclusão lógica que parte da observação de como o processo do desejo, e da realização do desejo funciona. Saciamos um desejo, segundos depois outro desejo entra no lugar, e assim a máquina continua funcionando até nossa morte. Geralmente não paramos para nos perguntar por que exatamente estamos seguindo o sentimento do desejo, e se a realização desse desejo realmente irá nos trazer plenitude e uma sensação de bem estar mais consistente a longo prazo ou se irá apenas trazer mais um sentimento de prazer passageiro seguido de um vazio existencial ou até mesmo de um outro desejo aleatório derivado do anterior.
A verdade é que muitas pessoas vivem no automático seguindo a maioria dos desejos que surgem ou que são empurrados ou programados, como se fossem escravos recebendo comandos de seus mestres. Alguns não sabem medir as consequências da realização dos desejos, outros até sabem, mas são escravos do prazer passageiro e se deixam levar, e tem alguns que são escravos dos impulsos e ainda por cima não sabem medir as consequências dos seus atos.
Muitas pessoas acham que seguir as emoções cegamente e realizar todos os desejos que passam pela mente é liberdade, mas eu vejo que essas pessoas na verdade não são livres, mas sim enjauladas por esses impulsos. É fácil seguir esses impulsos e desejos, é a coisa mais fácil a se fazer (qualquer animal irracional faria), difícil é escolher não seguir e cumprir a palavra, difícil é não ser levado pelos instintos primitivos.
Reprimir um desejo é diferente de transcender um desejo. Aqui não estou dizendo para você reprimir nada, pois a repressão (jogar o desejo para de baixo do tapete, lutar contra o sentimento do desejo, sem observar sem julgamentos o desejo e deixar que ele perca a força naturalmente, não compreender o processo do desejo) ainda sim irá te tornar escravo, escravo do desejo reprimido. Pois mesmo que ele esteja escondido, ele ainda estará lá, e irá se fortalecer. O caminho que estou passando aqui não é o caminho da repressão do desejo, mas sim da transcendência do desejo.
Aprenda a usar a sua mente ao seu favor ao invés de ser usado por ela. Sua mente pode se tornar tanto sua maior inimiga, quanto sua maior aliada, isso depende de você. Você foi avisado.
A prática da meditação e o seu blog me ajudam a superar um término de relacionamento. Vejo meus dias escoando e sendo desperdiçados por que eu não consigo me concentrar nos meus projetos. Minha mente me joga a imagem dela e me faz reagir a isso. Eu já racionalizei que a "perda" dela foi a melhor coisa que me aconteceu. Eu decidi que não me relaciono mais com pessoas com as características dela e me sinto livre hoje. Mas mesmo assim a mente me sabota trazendo lembranças que foram muito boas e tentando me convencer a voltar com ela. É uma luta diária voltar a realidade e entender que o que eu amei foi uma imagem que minha mente criou. O término se deu justamente pq essa imagem foi naturalmente sendo destruída pela realidade, pelo que realmente ela é e eu sou. Vc não sabe o serviço que faz à humanidade com o seu blog. Mesmo com o alcance pequeno, pq hj em dia poucas pessoas leem blogs, transformou a minha vida e daqueles com quem compartilhei o blog. Mesmo sabendo da baixa frequência dos posts, eu sempre estou voltando aqui para reler.
ResponderExcluirAconselho a todos o blog Complexo de Hercules.
Um forte abraço